terça-feira, 26 de junho de 2018

O Rouxinol

Já cogitei a possibilidade de ter uma filha chamada Sophie, só por causa desse livro.
Esse livro me acompanhou durante a viagem que fiz em Maio, foi um livro intenso o tempo todo, me prendeu e foi uma leitura que tive grande facilidade de me envolver profundamente com as personagens.
A história é de duas irmãs Vianne e Isabelle na França ocupada pelos nazista em um período histórico, difícil e doloroso, onde é contado por uma das irmãs, e você só descobre quem está contando no final do livro, começa com a data atual é como se ela estivesse lembrando do passado ou contando a si mesma, até me lembrou do filme Titanic em que a Rose senhora conta a história vivida a tantas décadas.
Me envolvi tanto com a leitura que após um tempo de convivência com as irmãs eu já tinha certeza de quem estava contando a história.
Vianne casou-se nova pelo fato de ter perdido a mãe cedo e o pai não soube conviver com a morte da esposa, desamparando um pouco as filhas, Vianne era casada e tinha uma filha linda e apaixonante Sophie, que inicia o livro ainda uma criança, o marido de Vianne parte para a guerra, ela professora continua trabalhando e cuidando de sua casa que era uma propriedade linda, com horta e várias plantas que ela mesmo cultivava.
Isabelle, era petulante, rebelde, terrivelmente rebelde do tipo que não aceita não como resposta que não aceitou o abuso da Alemanha sobre a França e foi distribuir panfletos para a resistência, e mesmo sabendo o risco que corria, cada dia ela se arriscava mais.
Onde Vianne morava foi atraída pelos Nazista, por ser um linda casa, ela teve que aquartelar um alemão o Capitão Beck, ele não era um ser humano tão terrível como os outros soldados, ele tinha um bom coração, e acredito que ele também não tinha muitas escolhas com as atitudes que tomava, era também uma questão de sobrevivência, durante sua estadia na casa de Vianne ele não deixou que elas passassem fome e nem que nada de ruim acontecesse a elas, vou ser sincera, até me simpatizei com o capitão Beck e tenho certeza que ele era um homem do bem, apesar de estar trabalhando para o Fuher.
Vianne longe do marido, capitão Beck também, tristeza, luta dia a dia, os bons vinhos que o Capitão Beck levava para os jantares deliciosos que Vianne preparava eu cheguei até querer um romance entre os dois, mesmo sabendo que era errado e os dois eram casados, mas a escritora logo soube me colocar no meu lugar, podemos assim dizer.
As surpresas que a autora prepara, são surpreendentes o tempo todo ela te surpreende e te faz repensar no ser humano que você é e nas atitudes que tomamos.
Isabelle uma hora dessas já estava em Paris trabalhando para a resistência, mas não só distribuindo panfletos e sim levando pilotos ianques de volta para os seus países para voltarem a lutar contra Hilter, nesse percurso se apaixona perdidamente, e se torna uma heroína, uma mulher muito corajosa, e mesmo com a terrível relação que tinha com o pai, seguiu as lutas diárias com o seu ideal de lutar pelo seu país.
Vianne e a filha emagrecera muito durante a guerra, pois a comida era escassa e passou por invernos terríveis, tiveram perdas cruéis e irreparáveis em suas vidas, o capitão Beck já não estava mais com elas dando lugar ao um novo soldado, porem um cruel que roubou muito delas e tirou tudo que uma mulher tem de mais sagrado.
De um país para o outro eu ia lendo as paginas que nem via as horas passarem, durante o livro elas mencionam muito Charles de Gaulle que me fez fazer a pesquisa mais afunda e conhecer melhor sua historia, também foi mencionado o arco do triunfo por Isabelle em dos trechos do livro, na qual tive o prazer de ver pessoalmente.
A maneira que a guerra foi terminando as coisas foram tomando o seu lugar novamente, o pai de Vianne e Isabelle me emocionou profundamente, em um ato que jamais imaginei que poderia ter acontecido.
Em relação a uma gravidez na historia,a primeira coisa que me veio em mente foi o aborto, mas depois a autora me mostrou que eu estava errada, não que eu seja a favor de aborto nada disso, mas a forma como aconteceu, as vezes no momento pensei isso, e depois fiquei triste comigo mesma em ter esse pensamento de imediato e acredito que seja normal e tenho certeza que outros leitores pensaram nisso também, afinal somos todos seres humanos passivos de erros.
O desfecho desse livro foi ainda mais intenso, cada personagem com um final diferente, nos mostrou que mesmo na guerra é preciso existir amor, e que as mulheres em uma guerra também são heroínas.

2 comentários:

  1. confesso que acho o nome Sophie lindo! e adoro historias que envolvem segunda guerra! esse livro vai pra minha TBR com certeza!!

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